Recrutando, desenvolvendo e retendo talento humano, hoje e sempre.

Há nítida preocupação da sociedade em geral sobre a abertura de oportunidades de trabalho e ocupação da mão de obra ao redor do mundo. De fato já não se observa a abertura de novos postos de trabalho no ritmo do crescimento da população adulta, sobretudo no mundo desenvolvido e também nos grandes centros dos países em desenvolvimento. Então a preocupação faz sentido porque as empresas têm procurado de seu lado aplicar, de modo consistente e de certa forma paranoico, a máxima do “fazer mais com menos”. São décadas de busca incessante por ganhos de produtividade.

Recente publicação da revista Harvard Business Review dedica dez páginas para um excelente texto acerca do desafio que as corporações dos Estados Unidos da América, e também da Europa, enfrentarão na próxima década relativamente à concorrência, em um mercado cada vez mais disputado e de baixo crescimento comparativamente ao que foi vivenciado nos últimos trinta anos.

Segundo a revista de 1980 até 2013 o lucro das corporações globais cresceu 30% mais rapidamente do que o crescimento do PIB global. Hoje esse lucro já representa 9,8% do PIB mundial comparativamente a 7,6% em 1980. E mais…as empresas estadunidenses e as da Europa Ocidental detêm hoje mais da metade dos lucros registrados globalmente. Não há dúvida, portanto que as companhias do mundo ocidental fizeram bem a lição de casa. Esse cenário, no entanto deve mudar radicalmente daqui para frente, segundo destaca o texto da revista. E todos nós sabemos que a HBR tem respeitabilidade.

Se de um lado as economias não crescerão tanto quanto o observado nos últimos vinte anos, por exemplo, de outro é notório o fortalecimento de grandes empresas orientais do Japão e da Coréia do Sul e dos países emergentes em geral (China, Taiwan, India, Brasil…). Conclusão: a concorrência ficará ainda mais acirrada com as empresas indo à guerra para conquistarem espaço ampliando seus negócios mundo afora. Com isso não se espera, segundo o artigo, que o estrondoso lucro construído nos últimos tempos pelas empresas dos Estados Unidos da América e da Europa Ocidental seja preservado ou que continue crescendo como anteriormente.

Esses tempos difíceis à frente precisarão ser enfrentados com esforço redobrado e com foco em alguns pontos destacados como primordiais, segundo os estudiosos da consultoria McKinsey que escreveram o artigo.

Eu gostaria de destacar um deles: a construção de novos ativos intelectuais! E que ativos são esses? A oportunidade ímpar vem do domínio de novas tecnologias e desenvolvimento de ferramentas com base no “big data”, algoritmos e softwares. Hoje em dia muitas empresas tem se destacado na busca da descoberta dos hábitos e comportamento dos consumidores. Isso é vital para oferecer produtos e serviços diferenciados e antes inimagináveis, certo? Temos Apple e Google, só para citar algumas das empresas de tecnologia que aqui se enquadram. Porém a revista cita a AstraZeneca que criou mecanismos de abertura para trabalhar com universidades, organizações não lucrativas (ONG’s) e outras instituições na descoberta de novos drogas/remédios.

O ponto, no entanto, que me chama atenção nesse artigo da HBR é o alerta para que a empresa “vá à guerra” e capture, desenvolva e retenha talento humano!

As empresas vencedoras na próxima década, na visão dos articulistas da HBR, serão aquelas que entre outras iniciativas direcionarem recursos para encontrar pessoas diferenciadas, ambiciosas, com visão aberta ao mundo exterior – global vision – e capacidade técnica.

Se de um lado estamos, enquanto sociedade, preocupados com a geração de emprego e oferta de novas vagas, por outro essa necessidade de as empresas no novo ambiente de negócios exigirem pessoas de valor, cria oportunidade única para bons desafios profissionais. Pense nisso!

O recurso humano então continuará muito importante para que as empresas apresentem, de modo sustentado, desempenho acima da média global.

Outro fato importante na busca pelo talento humano é como lidar com ele acolhendo-o, cuidando de sua capacitação contínua e criando um ambiente de trabalho no qual ele se sinta respeitado e também desenvolva orgulho pela empresa empregadora.

Na próxima década oportunidades para pessoas qualificadas, engajadas e com visão global estarão mais que nunca no radar das empresas. E essas empresas para serem vencedoras deverão redobrar esforços na contratação de talentos e mais ainda no desenvolvimento e retenção dos mesmos.

 

 

 

 

 

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