Amizade no ambiente de trabalho: Sim…; Não…; Depende…

Existem diversos estudos sobre a importância da amizade na vida das pessoas. Nós seres humanos somos na própria essência comunicativos, sociáveis e estamos sempre procurando o outro ou outra para compartilhar experiências; momentos de felicidade; aflições e desafios; certo?

Seria muito difícil, sem dúvida, se as pessoas não pudessem contar com um amigo ou uma amiga para ajudar em situações específicas. Por outro lado ter a oportunidade de oferecer-se para auxiliar a alguém mais próximo é de grande valia na formação humana. Faz bem!

Muitos especialistas aconselham com base em pesquisas às pessoas dedicarem parte de seu tempo no desenvolvimento de amizades e relacionamentos. Isso nos faz crescer, amadurecer e dá uma sensação de dever cumprido.

A troca tem grande valor nos tornando melhores como pessoa e mesmo com todo avanço da comunicação virtual e certo distanciamento físico observamos que a amizade continua sendo construída e preservada dando maior sentido à vida. Não dá para viver isolado do Mundo!

A figura do cão, por exemplo, é sempre citada como a de “melhor amigo do Homem”. Isso porque está sempre ao seu lado e não abandona a companhia por mais difícil que seja a situação vivida. Então podemos deduzir que o amigo ou a amiga é aquele ou aquela que está ao nosso lado dando apoio e dividindo com a gente não só as alegrias como também as dificuldades.

E no trabalho? É possível construirmos amizades? Sem dúvida!

O local de trabalho, onde passamos boa parte de nosso tempo, é onde temos a oportunidade de desenvolver o relacionamento humano criando vínculos que podem chegar a uma amizade verdadeira afinal um amigo ou uma amiga não são temporários. Geralmente fazem parte de nossa existência por um bom tempo ou mesmo todo o tempo.

 

Muitos estudos sobre o comportamento das pessoas no trabalho indicam que as empresas bem sucedidas são aquelas em que essas se sentem acolhidas e mais felizes. E é impossível não imaginar que o bom ambiente; de companheirismo e ajuda mútua não possam contribuir para essa tal de “felicidade”.

A confiança no outro está presente no relacionamento afetivo e de amizade. Não dá para chamar de amigo, ou amiga, alguém no qual ou na qual você não possa confiar. Certo? A confiança entre as pessoas é algo que deve ser cultivado no ambiente de negócios. Isso é extremamente benéfico para o clima organizacional.

Temos sim de desenvolver relacionamentos sadios dentro da organização para a qual trabalhamos os quais podem muitas vezes se transformarem em amizade no verdadeiro sentido da palavra.

A amizade pode atrapalhar a situação dos negócios? Ou seja, se as pessoas são amigas estas podem desvirtuar as coisas e misturarem amizade com profissionalismo prejudicando o desempenho individual e coletivo?

Eu nunca tive acesso a estudos específicos ao tema e também não li algo mais profundo a respeito, no entanto, essas são questões relevantes uma vez que como seres humanos estamos também sujeitos a erros e acertos. Até nas escolhas de amizade.

Um ponto é certo: não se pode e não se deve misturar as coisas no ambiente de trabalho, dependendo da situação. Afinal corremos o risco de não exercermos bem nosso papel se misturarmos amizade com o dia a dia dos negócios. Você deve se lembrar do ditado: “amigos, amigos – negócios à parte…”. Certo?

Na relação chefe-subordinado, por exemplo, o vínculo de forte amizade pode complicar o uso de critérios de “meritocracia” no processo de avaliação e promoção de pessoas. A situação pode ficar mais complicada ainda quando o time de pessoas percebe que a amizade entre as duas partes gera situações de protecionismo.

Não podemos e não devemos deixar que laços de amizade venham a encobrir mal desempenho ou comportamento inadequado ou antiético, por exemplo. Nosso papel como amigo (a) é alertar e ajudar. Esse é o verdadeiro sentido da amizade.

 

Na empresa devemos ser cuidadosos em nosso comportamento cumprindo nossa missão com total alinhamento aos valores e ao código de conduta. Construir amizades e ter amigos na empresa não atrapalha, desde que você conduza suas ações de modo absolutamente profissional e isento de influências afetivas.

 

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