Buscando um rumo enquanto a Economia não reage

À crise que se estabeleceu na economia brasileira desde o ano passado, juntou-se uma crise política sem precedentes nas últimas décadas, promovendo enorme desalento nas empresas e nas famílias. Para complicar ainda mais a situação, não há sinais claros de quando a situação começará a se reverter.

Observo mal humor e a falta de lideranças que trabalhem com visão de médio e longo prazo, propondo caminhos para o país. Não falo aqui só de ações de governo, como também dos empresários, dos intelectuais e dos sindicalistas. Esse cenário alonga claramente o período de baixa atividade econômica, inflação acima do desejável e o impacto negativo no nível de emprego.

A economia é um ioiô já disseram renomados economistas que estudaram e, ainda estudam os ciclos econômicos. A história demonstra que num determinado momento haverá a retomada da venda e da produção, mas o período de transição no caso presente do Brasil esse parece longo e bem dolorido.

As projeções e expectativas mais recentes sobre a Economia brasileira apontam para:

  1. Orçamento do governo Federal com déficit acima de 1,5% em 2015, apesar do esforço imposto à sociedade com a elevação dos impostos;
  2. Crescimento negativo entre 2% e 3% no ano de 2015 e ausência de recuperação do PIB em 2016;
  3. Inflação interna fechando o ano de 2015 próxima de 8,5%, enquanto no ano que vem a estimativa mais recente indica algo acima de 6%. Muito alta, sem dúvida;
  4. A taxa de juros SELIC administrada pelo Banco Central ainda em dois dígitos até o final desse ano;
  5. Juros médios para as empresas tomadoras de recursos para suprirem necessidades de capital de giro acima de 3,5% ao mês. Isso, se essas empresas tiverem acesso a novos financiamentos;
  6. A obtenção de financiamentos em Bancos de Fomento, como o BNDES, por exemplo, continuará difícil e mais caro;
  7. A taxa de câmbio na paridade Real/Dolar acima de R$3,50, sem perspectiva de baixa no ano de 2016;

Não há motivação para estarmos animados com a Economia nacional, digamos nos próximos doze meses, mas como a economia, de fato, tem um comportamento semelhante ao ioiô, cabe aos gestores dar continuidade aos negócios fortalecendo as companhias visando o médio e longo prazo.

É preciso buscar um rumo! Afinal a paralisia e o lamento não ajudam quando o momento exige, ao contrário, muita ação e decisão. O executivo principal do negócio, ou a executiva, deve demonstrar equilíbrio e engajar seu time de auxiliares para construírem juntos planos para de um lado mitigarem os efeitos negativos da recessão e consequente queda nas vendas, enquanto buscam oportunidades que assegurem a saúde financeira do empreendimento no médio prazo e até uma expansão futura. Isso é possível!

Nos últimos meses escrevi diversos textos sobre “oportunidades na crise”. Sugiro uma releitura, buscando inspiração para o grande desafio de sobrevivência numa situação adversa da Economia como a que hoje enfrentamos: Vendas 17/06 e 28/07; Finanças 19/07; Logística 06/07.

Bons negócios!

 

 

 

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