Ao longo da vida de um empreendimento o Gestor tem entre outros papéis a missão de decidir sobre investimentos de longo prazo desde a expansão do parque industrial, a abertura de novas Filiais, a aquisição de hardware em TI e até eventual oportunidade de compra de uma empresa concorrente ou que possua produtos complementares ao negócio.
Para que uma decisão seja bem sucedida o que quer dizer gere valor promovendo o crescimento e lucratividade da empresa é importante que seus líderes utilizem ferramentas de apoio mitigando o risco e trazendo a discussão para o plano meramente racional. Não pode haver “emoção” e nem favoritismos num processo como esse. E que ferramentas são essas?
Os livros de Administração Financeira, que não são poucos, explicam de modo detalhado os mecanismos de avaliação de investimentos de longo prazo, porém muitos deles já são largamente utilizados pelas empresas principalmente as médias e grandes Corporações.
As questões básicas que devem ser respondidas nesse processo de decisão são:
- Se o exercício é sobre expansão da capacidade produtiva de uma fábrica, por exemplo, cabe perguntar primeiramente se a instalação atual está otimizada – assim fazendo podemos encontrar oportunidades para mitigar o valor a ser investido;
- Qual é o caixa gerado pelo investimento ao longo do tempo? É positivo? Qual é seu valor presente a uma determinada taxa de juros? Aqui reside uma das ferramentas – análise do valor presente líquido;
- Qual é a taxa interna de retorno levando em conta a geração de caixa estimada? Como essa taxa se compara a outras oportunidades de investimento no mercado financeiro? A taxa de retorno supera o custo de capital da empresa?;
- Em quanto tempo o caixa futuro projetado é recuperado pela empresa? O método aqui é o “período de pay back” normalmente estabelecido em anos.
O mecanismo de avaliação do investimento pelo valor presente líquido é citado pela maioria dos estudiosos do tema como o mais preciso, mas eu recomendo aos gestores utilizarem todas essas três métricas; VPL, TIR e Payback para um melhor conhecimento das implicações da decisão para o negócio e alinhamento de expectativas de resultado.
É bom reforçar a importância de o fluxo de caixa esperado do projeto levar em conta também outros fatores além do lucro líquido como, por exemplo, as necessidades de investimento em capital de giro.
Além desses pontos recomendo a construção de cenários alternativos para avaliar com mais segurança o projeto de investimento. Isso significa medir o impacto no retorno caso a demanda seja menor do que a estimada originalmente ou que os custos superem as expectativas.
Nota: A questão de como financiar as necessidades de investimento de capital (“funding”) será abordada oportunamente.