Desde sempre o ser humano necessita buscar recursos para garantir sua sobrevivência, seja para alimentação, habitação, segurança pessoal ou mobilidade.
Está claro que, com o desenvolvimento da vida em sociedade e do fenômeno da urbanização, a geração de renda passou a ser vital, ou seja, sem ela se torna impossível ter um padrão de vida de mínimo conforto. Além disso, como os fatos mundo afora nos revelam, a miséria destrói vidas.
Bem… Alguém pode ter já nascido em ambiente de riqueza material e aí a renda pode decorrer do próprio patrimônio “herdado”, mas isso é para poucos. De fato, as pessoas desde a infância, se acostumam a ouvir que é importante estudar, trabalhar, poupar e por aí vai. Não é?
A fonte de renda mais tradicional é o trabalho, certo? Desse modo, vale discutir como se inserir nessa situação, seja como empresário e dono de seu próprio negócio, empreendedor ou pessoa física, com carteira assinada ou não.
Como já sabemos, os avanços da tecnologia e inovação por todo lado têm provocado e continuarão a promover mudanças significativas no jeito de trabalhar e obter renda. Esse é um fenômeno mundial em que funções anteriormente exercidas por pessoas passaram a ser feitas por máquinas ou foram até extintas.
Além disso, como bem analisa o livro “Economia Compartilhada”, do estudioso Arun Sundararajan, está ocorrendo a ascensão do microempreendedor e de trabalhadores autônomos com a proliferação de aplicativos como Uber e Airbnb, por exemplo.
É bom compreendermos que essa tendência é irreversível e, em consequência, temos de estar preparados para mais mudanças, o que exigirá cada vez mais esforço e determinação visando gerar renda pessoal e familiar.
No caso brasileiro, embora não estejamos tão avançados quanto à tecnologia, o agravante é o aumento da população desocupada (> 12,5 milhões), que tanto aflige as famílias e também os negócios – vide gráfico e dados a seguir:
Essa situação de desemprego no Brasil só não é mais grave devido a uma mudança na composição das atividades, fazendo com que haja uma migração da ocupação antes do empregado “normal” com carteira assinada, ou não, para trabalhadores atuando por conta própria. Observe a seguir a alteração em % num período recente de cinco anos:
Para aqueles que buscam gerar renda como empregados – e esse é o foco deste texto –, é preciso compreender a necessidade de evitar a obsolescência enquanto mão de obra disponível no mercado de trabalho. Fique de olho e, sobretudo, atue incansavelmente para manter-se atualizado todo o tempo!
A esse respeito, vale citar matéria recente da revista Administrador Profissional – ADM PRO, que recebeu o sugestivo título: “Aprender e reaprender: uma jornada para a vida”. Dela, pincei alguns pontos para compartilhamento, os quais julgo bem oportunos:
- Muito do que você aprendeu perde rapidamente aplicabilidade;
- Parar de estudar não é uma opção;
- O nível de competência e familiaridade do brasileiro com o mundo digital ainda é baixo;
- Vale desenvolver habilidades e conhecimentos que permitam estar preparado (a) para empreender com sucesso;
- Com o frenético universo de informações e mudanças, cuidar do desenvolvimento pessoal já é mais responsabilidade do profissional do que do empregador;
- Há que se desenvolver, se não tiver uma, mentalidade aberta para as mudanças significando ser adaptável a elas;
- Possuir “curiosidade” e praticar pensamento empreendedor buscando oportunidades e transformando-as em soluções,
- “Os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não conseguem ler e/ou escrever, mas aqueles que não conseguem aprender, desaprender e reaprender” – citação atribuída a Alvin Toffler que está na mesma matéria.
Ainda no tema do novo ambiente de oferta de trabalho e capacitação para exercê-lo, outra questão é entender que, embora ainda seja importante, a figura do “especialista” está dando lugar à do “generalista”. Nesse sentido, é útil expandir a visão de mundo buscando: conhecer lugares; culturas e histórias, além de realizar leituras frequentes.
Para concluir, cito reflexão atribuída a Colin Powell – general 4 estrelas, já aposentado, do exército dos Estados Unidos: “There are no secrets to success. It is the result of preparation, hard work, and learning from failures”. Em português: “Não há segredos para o sucesso. Ele resulta de preparação, trabalho duro e aprendizado com as falhas/fracassos”.
Pense nisso tudo!
P.S.: a geração de renda através do trabalho, como vimos, é um bom desafio, mas há outro tão importante quanto: o de acumular poupança suficiente para sobreviver quando inativo (a). Mas isso é tema que merece um novo texto para reflexão.
Revisão de texto: Virgínia De Biase Vicari