O conflito de Gerações – convívio construtivo para o negócio

Muito se fala e escreve sobre as diferenças comportamentais entre gerações de pessoas no universo Corporativo. A discussão tomou maior importância nesses últimos quinze anos quando jovens nascidos a partir de 1980 começaram a ingressar no mercado de trabalho na ebulição do uso de novas tecnologias de comunicação, a democratização do acesso à informação e o fenômeno da globalização dos negócios e culturas.

Não resta dúvida, em meu ponto de vista, que o tema merece reflexão e foco dos gestores para acomodar diferentes interesses, pontos de vista e expectativas e que ao final o empreendimento ou organização siga seu caminho de sucesso com lucratividade e crescimento. Não devemos ignorar a necessidade de trabalhar o assunto desenvolvendo mecanismos para a correta gestão das pessoas.

A geração X que antecedeu às gerações Y (estudiosos citam os nascidos nos anos 80 nesse grupo) e Z (nascidos a partir de 1990) tem de fato particularidades, formação acadêmica e “modo de ser” diferente das demais, porém é possível acomodar essas discrepâncias de modo positivo no ambiente empresarial.

Os trabalhadores mais jovens são tidos como imediatistas, na maior parte das vezes informais e com pouco vínculo à empresa, mas isso é ruim? Eu diria depende e pode tornar-se um ponto agudo caso a organização não disponha de ferramentas para o planejamento de carreira ou ainda apresente fraca expansão no segmento de mercado em que atua. Então além de assegurar o contínuo aprendizado do funcionário a empresa necessita ser bem sucedida em seus planos de crescimento criando assim oportunidades de promoção interna de talentos.

Outra iniciativa que recomendo está ligada à formação dos mais jovens através da vivência com profissionais mais velhos e experientes. É certo que os jovens na maior parte das vezes, embora bem formados academicamente, são “verdes” necessitando de aprender fazendo e com apoio formal de pessoas mais vividas. Aqui cabe um programa formal de aconselhamento elegendo um mentor para sua execução.

Como se dá o diálogo entre jovens executivos e outros profissionais mais experientes no ambiente de trabalho? Será que os gestores tem levantado essa questão? Como as diferentes gerações se comunicam dentro da empresa? Há uma troca respeitosa de opiniões e ideias, por exemplo? A linguagem de comunicação é adequada e entendida por todos? Esse é um ponto que merece muita atenção, pois ambas as partes devem ser ouvidas assegurando um alinhamento de expectativas sempre sustentado por respeito mútuo. Eu recomendo aos gestores da área de Recursos Humanos sugerirem às lideranças para que os diferentes grupos de trabalho interno formados com a missão de solucionar problemas sejam compostos de pessoas jovens e outras mais experientes. O monitoramento do comportamento das pessoas nos grupos gera material importante para futuros planos de desenvolvimento e carreira.

Os líderes das empresas podem e devem construir um convívio construtivo das diversas gerações dentro das empresas através ferramentas estruturadas e assim potencializarem os resultados dos negócios utilizando ao máximo as qualidades e habilidades de todas as pessoas.

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